Wednesday, July 8, 2015

A fadinha contadora de histórias



A fadinha contadora de histórias
Sisi Marques

Era uma vez uma fada que gostava muito dos humanos, e procurava orientá-los a seguir a estrada que não lhes traria dissabores. Contudo, a gentil fadinha não tinha permissão para interferir em suas vidas e, muito menos, revelar sua verdadeira identidade. Ela teve uma ideia: sempre que visse pessoas reunidas, ela se aproximaria para contar-lhes uma história e, no final, entregaria uma rosa a cada uma delas. E a fadinha contadora de histórias passou a ser convidada para participar de vários eventos. E, sempre, ao término de todos eles, ela distribuía uma rosa para cada espectador. Certo dia, uma garotinha, após receber sua rosa, perguntou à fada por que ela tinha esse hábito, e a fada respondeu: “As rosas, que eu ofereço em número reduzido, geralmente mudam de mãos e acabam chegando a um grande número de pessoas. Embora essa rosa seja sua, eu tenho a certeza de que você já está pensando em ofertá-la a alguém que você ama. Talvez a pessoa que a receba de suas mãos também sinta vontade de entregá-la a outro alguém. E, assim, essa rosa alegrará os olhos e o coração de muitas pessoas. O mesmo acontece com as histórias quando são recontadas. Os ouvidos que os meus lábios não conseguirem alcançar, receberão os ensinamentos através de outros lábios amorosos.”

Arte: Lucia Haddad

Thursday, July 2, 2015

Vento que tudo leva.


Naquele mês de junho em pleno inverno com seus ventos frios e constantes, Marina estava de férias com sua vó e apaixonara por uma bela e exótica flor que parecia uma bonequinha de cabelos brancos e assim todos os dias, ela visitava a florzinha e tocava de leve seus cabelos como se a fizesse ninar, como sua vó fazia todas as noites com ela.
Porém naquela manhã um vento assanhado e malcriado passou pelo jardim, as flores minúsculas se quebraram diante os olhos assustados da menina, que em prantos entrou pela casa desesperada e maldizendo o vento, que tudo levava até os passarinhos se esconderam naquele dia.
Tão logo a vó ouviu, correu ao encontro e a abraçando, quis saber o que se passava. Entre soluços Marina balbuciava pragas contra o vento com reprovações da avó, dizendo que eram coisas de Deus e saiu com ela, para mostrar o moinho, que girava pela força do vento e produzia a energia para a casinha. O vento não era assim tão ruim dizia ela.
Mas a menina soluçando, mostrou para a vó uma pequena flor branca, maltratada pelo vento e dizia à sua vó, que ela era sua filha em forma de uma boneca de cabelos brancos lisos. Só então que a vó entendeu o desespero da netinha e a levou para ver que outras flores como aquela, no outro lado da casa e que lá estavam perfeitas e protegidas contra os ventos e que ela poderia adotar outra flor e dedicar seus carinhos.
Marina curiosa sorriu para vó e logo foi se encontrar com uma das flores, que estava mais baixa e deu um beijo nela e começou a cantar a mesma canção, que ela cantava todas as noites para ela dormir. A vó movida de emoção ouvia e deixou cair uma lágrima. Sorrindo se dirigiu para a cozinha, muito encantada com a meiguice da netinha e tratou logo de terminar um bolo de cenouras para agradar a netinha.
Toninho
 

Histórias de Lu & Teca Arte Visual Amanda Layouts www.amandalayouts.com